Hoje, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Príncipe Faisal bin Farhan bin Abdullah, participou de uma sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que discutiu a situação no Médio Oriente, com foco específico na causa palestiniana. O convite para participar da sessão veio do Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Popular da China, Wang Yi.
Em seu discurso, o príncipe Faisal destacou as terríveis circunstâncias em Gaza, observando que desde a última sessão, o número de mortos ultrapassou 14 mil, com 67% de mulheres e crianças. Mais de meio milhão de pessoas foram deslocadas devido à escalada das acções militares das forças israelitas, em violação das cartas e resoluções internacionais. O Ministro enfatizou a ausência de mecanismos internacionais de responsabilização e pediu que se tomassem medidas imediatas.
O príncipe Faisal referiu-se à Cimeira Árabe-Islâmica Conjunta sediada pelo Reino em 11 de novembro de 2023, como uma resposta à crise. As resoluções da cimeira refletem a vontade unificada das nações árabe e islâmica de pôr fim ao derramamento de sangue, prestar assistência de socorro, pôr termo às violações e apoiar o povo palestiniano na realização dos seus direitos legítimos.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros saudita defendeu um cessar-fogo imediato e permanente, enfatizando a necessidade de países que buscam a paz e a justiça acrescentarem suas vozes a esta causa. Congratulou-se com a cessar-fogo humanitário em Gaza, mas salientou a necessidade de uma entrega de ajuda humanitária sem entraves e sustentada, e insistiu na implementação da Resolução 2712 do Conselho de Segurança para um cessação de fogo abrangente.
O príncipe Faisal condenou a escalada militar israelense após a trégua e insistiu nas responsabilidades de Israel ao abrigo do direito internacional. Ele enfatizou que a trégua não isenta Israel de seus deveres, e pretextos sem fundamento para a auto-defesa são inaceitáveis.
Nas suas observações finais, o príncipe Faisal pediu o reconhecimento internacional, nos termos de uma resolução do Conselho de Segurança, do Estado independente da Palestina e da sua plena adesão à ONU. Ele reiterou o apelo para uma conferência internacional de paz sob os auspícios da ONU para lançar um processo de paz credível baseado na solução de dois Estados e resoluções de legitimidade internacional.